terça-feira, 6 de novembro de 2012
Sandra Pesavento - Biografia
Sandra Jatahy Pesavento graduada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1969), mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1978) e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (1987). Realizou três pós-doutoramentos em Paris. Foi professora convidada de várias instituições estrangeiras. Foi professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no Departamento de História e no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR).
Atuou na área de História, com ênfase em História do Brasil, trabalhando com os seguintes temas: história cultural, história cultural urbana, imaginário e representações, história e literatura, patrimônio e memória.
Foi pesquisadora IA do CNPq; coordenadora do grupo internacional Cleope de historia e literatura, membro associado CERMA/CNRS/EHESS de Paris e coordenadora nacional do GT em História Cultural da ANPUH.
Faleceu no início de 2009 de parada cardíaca, sendo homenageada nacionalmente em vários encontros de historiadores.
Atuou na área de História, com ênfase em História do Brasil, trabalhando com os seguintes temas: história cultural, história cultural urbana, imaginário e representações, história e literatura, patrimônio e memória.
Ministrou cursos e conferências em universidades como
França, Espanha, Holanda, Bélgica, Itália, Portugal. Entre suas publicações
contam-se 29 livros, 22 capítulos/ensaios em livros nacionais e 3 em livros
estrangeiros, 54 artigos em periódicos científicos nacionais e 13 em
estrangeiros, 17 publicações em anais de congresso.
Foi pesquisadora IA do CNPq; coordenadora do grupo internacional Cleope de historia e literatura, membro associado CERMA/CNRS/EHESS de Paris e coordenadora nacional do GT em História Cultural da ANPUH.
Faleceu no início de 2009 de parada cardíaca, sendo homenageada nacionalmente em vários encontros de historiadores.
Introdução à História (Marc Bloch)
BLOCH,
Marc. Introdução à História.
Trad. de Maria Manuel Miguel e Rui Grácio. Lisboa: Publicações Europa-América,
S/d.
Marc Bloch - Biografia
Nascido no dia 6 de julho de
1886, na cidade de Lyon, França, o judeu Marc Léopold Benjamim Bloch era filho
do Professor de História Antiga Gustave Bloch. Durante sua formação acadêmica,
estudou em Paris, Berlim e Leipzig. Trabalhou durante alguns anos como
pesquisador na Fundação Thiers, mas teve que interromper suas atividades para combater
na Primeira Guerra Mundial. Foi soldado de infantaria e chegou a receber uma
condecoração militar por mérito após ser ferido em batalha.
Foi depois da Primeira Guerra
Mundial que Marc Bloch começou a desenvolver efetivamente sua carreira. Quando
ingressou na Universidade de Estrasburgo, conheceu Lucien Febvre, um colega com
o qual conviveria e juntos marcariam profundamente a historiografia. Os dois
fundaram, em 1929, a revista Annales d’Histoire Économique et Sociale, que é um
referencial de influência para muitos Historiadores até hoje e foi fundamental
para o desenvolvimento das chamadas Nova História e História das Mentalidades.
Na década de 1930, Marc Bloch
ocupou a cadeira de História Economica na Sorbonne e a revista alcançou sucesso
mundial, refletindo na formação da chamada Escola dos Annales. Mas, em 1939, a
guerra tomou conta da Europa novamente e os nazistas invadiram a França. Marc
Bloch chegou a militar na resistência francesa, mas foi capturado e torturado
pela Gestapo. Morreu fuzilado no dia 16 de junho de 1944.
A vida de Marc Bloch foi
caracterizada por um intenso trabalho, uma carreira universitária brilhante e
uma destacada produção científica. É considerado o maior medievalista de todos
os tempos e, para alguns, o maior Historiador do século XX. Como um dos grandes
responsáveis pela renovação do pensamento histórico, abriu novos horizontes
para compreensão do feudalismo. Abandonou o caminho da História Tradicional de
sequência de fatos com nomes e datas e se empenhou na construção de análises
que consideram a complexa relação entre o homem, a sociedade e o tempo.
Marc Bloch publicou vários livros
que se tornaram clássicos da historiografia. Além de diversos artigos
impactantes. O primeiro deles, para citar o mais importante, foi Os Reis
Taumaturgos (1924), no qual analisa a crença popular do poder de cura com o
toque do rei e suas implicações na França e na Inglaterra medieval. Mas sua
grande obra foi publicada em 1939 e intitulada de A Sociedade Feudal. Neste
livro, o autor apresenta uma nova abordagem sobre a questão do feudalismo que
marcaria profundamente sua carreira como um grande medievalista. Além desses
dois clássicos publicados em vida, Marc Bloch teve outras obras que foram
lançadas após seu falecimento e que também se tornaram referência para os
Historiadores. É o caso de Apologia da História ou o Ofício do Historiador
(1949), que apresenta uma discussão teórica sobre a ciência histórica e o
trabalho do Historiador.
Com tudo isso, Marc Bloch é uma
eterna referência para os Historiadores e notoriamente um dos maiores
intelectuais do século XX. Sua obra e vida continuam sendo objetos de pesquisa
e fontes de referência para muitos trabalhos.
Fonte:
O poder simbólico (Pierre Bourdieu)
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. tradução Fernando Tomaz (português de Portugal). 2a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. 322p.
Pierre Bourdieu - Biografia
Sociólogo francês nascido em 1930, Pierre Bourdieu tornou-se celebre pelos seus estudos na área da sociologia da cultura e da educação e também pelas suas teorias no domínio do poder. Na sua obra mais conhecida “ O Poder Simbólico”, defende que o poder apenas pode ser exercido por indivíduos que não admitem estar ligados a ele e que não o reconhecem como arbitrário, morreu na noite do dia 23 de janeiro de 2002, num hospital de Paris aos 71 anos de idade.
Estudou filosofia no ensino superior em Paris, a partir daí teve que realizar rupturas para satisfazer às exigências da instituição escolar. Ele abandonou seu sotaque e suas experiências adquiridas nos primeiros anos de vida, as suas origens o colocavam em situação de exterioridade com as instituições francesas e com o mundo intelectual. Bourdieu se considerava alvo de racismo social, esse dado despertou nele uma lucidez relativa as estruturas sociais da sociedade e seus processos.
Referenciamos aqui algumas de suas obras publicadas: O sentimento de honra na sociedade cabilia, A desvalorização escolar do escolar, A reprodução, Os herdeiros, A economia das trocas simbólicas e o O desencantamento do mundo.
Mitos, Emblemas e Sinais (Carlo Ginzburg)
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas
e sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
Carlo Ginzburg - Biografia
Carlo Ginzburg nascido em Turim em 15 de abril de 1930, é um historiados e antropólogo italiano. Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista Natalia Ginzburg. Estudou na Escola Normal Superior de Pisa, e em seguida no Instituto Warburg em Londres; ensinou história moderna na Universidade de Bolonha e em seguida nas universidades de Yale, Harvard, Princeton, além da Universidade da Califórnia em Los Angeles. A partir de 2006, ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na Escola Normal Superior de Pisa.
Dentre suas obras publicadas estão: Os Andarilhos do Bem, O queijo e os vermes de 1976, História noturna 1991, Mitos, Emblemas e Sinais 1989, Olhos de madeira 2001.
Teve suas obras traduzidas em mais de 15 línguas. É um dos fundadores da microhistória e ganha destaque mundial com a sua "circularidade cultural" e metodológica.
Robert Darnton - Biografia
Robert Darnton nasceu em
1939, em Nova York. Filho de jornalistas graduou-se em história em Oxford.
Entre 1964 e 1965 trabalhou como repórter policial no jornal The New York
Times, mas abandonou definitivamente a imprensa para aprofundar suas pesquisas
sobre a França pré-revolucionária. Atualmente é professor de história européia
na Princeton University.
Andrés Zarankin - Arqueología de la arquitectura: Another brick in the wall. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia
ZARANKIN, Andrés. Arqueología de la arquitectura: Another brick in the
wall. Revista do
Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo,
Suplemento 3. 1999, p. 119-128.
Neste artigo o autor discute a perspectiva
proposta por (Funari, 1996) sobre a materialização das relações culturais,
observando na arquitetura a construção da paisagem cultural humana a partir das
relações sociais. A ideia de que os objetos produzidos e utilizados pelo homem
são ativos, dinâmicos e portadores de significados tem seus estudos
preconizados por (Hodder, 1987, Tilley, 1989, Funari, 1991 e Andrade Lima,
1996) e continuado com (Zarankin, 1999).
Apresenta ainda que o arqueólogo durante seu
trabalho em sítios arqueológicos, encontram estruturas as quais definem com
“arquitetônicas”, e dependendo do pesquisador podem utilizá-las como fonte de
informação ou um obstáculo para a escavação. Assim o termo Arqueologia da
Arquitetura e cunhado por (Steadmam, 19) visto o desenvolvimento desse estudo
no campo arqueológico e que busca compreender dentro de sua análise que as
construções são elementos ativos e produtos culturais que interagem de forma
dinâmica com os homens. Sobre a temática destaca os trabalhos de (Rapport, 1969; Deetz, 1977;
Leone, 1977; Kent, 1990 entre outros).
As pesquisas nessa área do conhecimento tem
transcendido o nível da descrição e embasada na corrente pós-processual inserem
a compreensão simbólica e ideológica (Parker Pearson; Richards, 1994).
Ao utilizar as premissas de (Grahame, 1995) o
autor defende que a arquitetura contribui para estruturação dos indivíduos
dentro dos espaços físicos, e isso remete as relações desempenhadas pelos
indivíduos dentro dos espaços os quais podem ser visualizadas e analisadas a
partir da planta de edifícios.
Assim a construção dos espaços é um produto
de complexos processos de lutas de grupos com interesses opostos caracterizados
pela dominação por um lado e resistência do outro (McGuire; Paynter, 1991).
O objeto de estudo desse artigo foi
exemplificado através das vivendas domésticas de Buenos Aires do século XVIII,
que representaram o marco do capitalismo moderno nessa região e que
possibilitou na materialização da arquitetura a inserção de elementos dessa
ordem econômica que modelaram a vida cotidiana e as relações na sociedade
argentina do período.
A metodologia empregada para obtenção dos
resultados consistiu na utilização do Método Gamma (Hillier e Hanson, 1984) que
propõem a decomposição da planta do edifício em distintos nós e busca
estabelecer a comunicação entre os nós, a fim de perceber a partir da leitura
as relações de funcionalidade do edifício.
Enfim, as conclusões obtidas nesta pesquisa
evidenciou que as vivendas domésticas do século XVIII representam a reprodução
de um sistema, dotada de poder simbólico e que cria componentes para que a
sociedade funcione seguindo regras estabelecidas.
Andrés Zarankin - Biografia
Imagem: Andrés Zarankin em Aracaju - SE, 2011
Fonte: Foto Janaina Cardoso de Mello
Professor
do Departamento de Sociologia e Antropologia da FAFICH-UFMG desde 2006, onde
ministra aulas na graduação e na pós-graduação. Foi sub-coordenador do mestrado
em Antropologia (2006-2008) sub-coordenador do curso de Antropologia
(2009-2011) e atualmente é Chefe do Departamento (2011- ). Foi bolsista do
CONICET, FAPESP e CNPQ. A sua formação inclui; graduação em Antropologia com
orientação em Arqueologia na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de
Buenos Aires (1988-1994), Especialização em Historia e Critica da Arquitetura
na Faculdade de Desenho, Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Buenos
Aires (1995-1997) e Doutorado em Historia na Unicamp (1998-2001). Também fiz
dois pós-doutorados, um em Arqueologia no CONICET (2001-2003) e outro em
Historia na UNICAMP (2004-2005). Como pesquisador, tem publicado mais de uma
dúzia de livros, e mais de 60 artigos (em revistas nacionais e internacionais).
Realizou mais de 40 trabalhos de campo em arqueologia histórica no Brasil e no
exterior. Desde 1995/96 coordena um projeto internacional para estudar as
primeiras estratégias humanas de ocupação da Antártica, com financiamento do
CONICET, FONCyT e atualmente do CNPq. É coordenador do Laboratório de Estudos
Antárticos em Ciências Humanas da FAFICH-UFMG. Foi pesquisador do CONICET
(Argentina) e professor visitante na Universidade de Buenos Aires e Unicamp.
Atualmente é pesquisador "Correspondiente" do CONICET (Ad Honorem) e
professor visitante no mestrado de arqueologia da UFRJ e da UFS. É o editor
responsável, junto ao Prof. Dr. Carlos Magno Guimarães, da Revista Vestígios:
Revista Latino americana de Arqueologia Histórica, assim como participa de
diversas comissões editorias em revistas nacionais e internacionais. Seus temas
de interesse são teoria arqueológica, arqueologia histórica, arqueologia da
arquitetura, arqueologia da repressão e arqueologia antártica.
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