ZARANKIN, Andrés. Arqueología de la arquitectura: Another brick in the
wall. Revista do
Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo,
Suplemento 3. 1999, p. 119-128.
Neste artigo o autor discute a perspectiva
proposta por (Funari, 1996) sobre a materialização das relações culturais,
observando na arquitetura a construção da paisagem cultural humana a partir das
relações sociais. A ideia de que os objetos produzidos e utilizados pelo homem
são ativos, dinâmicos e portadores de significados tem seus estudos
preconizados por (Hodder, 1987, Tilley, 1989, Funari, 1991 e Andrade Lima,
1996) e continuado com (Zarankin, 1999).
Apresenta ainda que o arqueólogo durante seu
trabalho em sítios arqueológicos, encontram estruturas as quais definem com
“arquitetônicas”, e dependendo do pesquisador podem utilizá-las como fonte de
informação ou um obstáculo para a escavação. Assim o termo Arqueologia da
Arquitetura e cunhado por (Steadmam, 19) visto o desenvolvimento desse estudo
no campo arqueológico e que busca compreender dentro de sua análise que as
construções são elementos ativos e produtos culturais que interagem de forma
dinâmica com os homens. Sobre a temática destaca os trabalhos de (Rapport, 1969; Deetz, 1977;
Leone, 1977; Kent, 1990 entre outros).
As pesquisas nessa área do conhecimento tem
transcendido o nível da descrição e embasada na corrente pós-processual inserem
a compreensão simbólica e ideológica (Parker Pearson; Richards, 1994).
Ao utilizar as premissas de (Grahame, 1995) o
autor defende que a arquitetura contribui para estruturação dos indivíduos
dentro dos espaços físicos, e isso remete as relações desempenhadas pelos
indivíduos dentro dos espaços os quais podem ser visualizadas e analisadas a
partir da planta de edifícios.
Assim a construção dos espaços é um produto
de complexos processos de lutas de grupos com interesses opostos caracterizados
pela dominação por um lado e resistência do outro (McGuire; Paynter, 1991).
O objeto de estudo desse artigo foi
exemplificado através das vivendas domésticas de Buenos Aires do século XVIII,
que representaram o marco do capitalismo moderno nessa região e que
possibilitou na materialização da arquitetura a inserção de elementos dessa
ordem econômica que modelaram a vida cotidiana e as relações na sociedade
argentina do período.
A metodologia empregada para obtenção dos
resultados consistiu na utilização do Método Gamma (Hillier e Hanson, 1984) que
propõem a decomposição da planta do edifício em distintos nós e busca
estabelecer a comunicação entre os nós, a fim de perceber a partir da leitura
as relações de funcionalidade do edifício.
Enfim, as conclusões obtidas nesta pesquisa
evidenciou que as vivendas domésticas do século XVIII representam a reprodução
de um sistema, dotada de poder simbólico e que cria componentes para que a
sociedade funcione seguindo regras estabelecidas.
a inter disciplinaridade, apresentadas e as perspectiva de Andrés Zarankin, possa na museologia nos dar bons embasamentos
ResponderExcluirO texto primeiramente, especifica sobre que tipo de arqueologia vai se falar e com base em quem e o que foi nomeada dessa forma que é a arqueologia arquitetônica. Mostra a importância que essa arqueologia possua, pois través da leitura física que essas arquiteturas passam, pode-se analisar como se vivia neste tempo, podendo assim analisar muitas outras vertentes, como cultura, economia entre outras.
ResponderExcluiratigo muito bom que relaciona de forma interdisciplinar os campos da arquitetura e da arqueologia historica. como nos foi apresentada, a relevância de um trabalho como esse e bem ressaltada agora, e em laranjeiras. nas ruinas do antigo teatro são pedro
ResponderExcluirnesse artigo da revista do museu de arqueologia e etnologia, Andrés Zarankin mostra a forma que o arqueologo trabalha e a importancia da arqueologia arquitetonica.
ResponderExcluirnos mostra também que a metodologia empregada para obtenção dos resultados consistiu na utilização do Método Gamma, que propõem a decomposição da planta do edifício em distintos nós e busca estabelecer a comunicação entre os nós, a fim de perceber a partir da leitura as relações de funcionalidade do edifício
Como o próprio Andrés Zarankin afirma: a edificação fala por si só, dando justamente uma ênfase a importância da materialidade, do simbolismo, do estudo através da arqueologia, mas especificamente da arquelogia da arquitetura, na compreensão da representação do edificado.
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