domingo, 14 de outubro de 2012

Rosana Najjar - Manual de Arqueologia Histórica



Resenha: NAJJAR, Rosana. Manual de Arqueologia Histórica. Brasília: Iphan, 2005.


O Manual de arqueologia histórica faz parte de um conjunto de manuais editados pelo IPHAN, com o apoio do Programa Monumenta. 

Seu objetivo é atender às exigências de orientação técnica na gestão dos projetos de restauração/conservação dos bens imóveis tombados, sob a tutela federal no que se refere à intervenção arqueológica. 

Tem ainda a intenção de suprir a necessidade de estabelecer procedimentos padrões, a serem adotados pelo IPHAN, no que se refere às práticas de arqueologia, procurando deixar claro seu papel nas atividades de preservação, bem como os resultados esperados deste trabalho interdisciplinar. 

Aborda todas as fases do processo de intervenção no bem imóvel tombado quanto à pesquisa arqueológica, da etapa de elaboração dos projetos até a conclusão e a entrega da obra.

De início o livro avisa que o "Manual de Arqueologia Histórica em Projetos de Restauração foi feito, principalmente, para auxiliar os técnicos do Iphan a gerir os projetos de Restauração/Conservação dos bens imóveis tombados sob sua responsabilidade. Seu objetivo é suprir a necessidade do  estabelecimento de procedimentos padrão, a serem adotados pelo Iphan, no que se refere às  práticas da Arqueologia. Portanto, estes procedimentos poderão ser estendidos a todos, desde os  proprietários das edificações até as instituições públicas e privadas envolvidas, direta ou indiretamente, nos projetos de Restauração/Conservação"(p.4).

O capítulo 1 trata da Arqueologia, da Arqueologia e o bem cultural e da Arqueologia e o Iphan em projetos de restauração. Desse modo deixa bem clara a definição e o campo de estudo da Arqueologia, distinguindo-a de outras áreas como a História ou a Paleontologia:

"A Arqueologia - como a própria origem da palavra diz - estuda o passado. Esse passado  pode ter, no entanto, dezenas, centenas ou milhares de anos. Pode-se estudar uma casa dos anos  1950 da mesma forma que uma caverna pré-histórica. O que muda é o tipo de fonte, ou seja, de evidências disponíveis. No primeiro caso é possível, além dos restos materiais, a utilização de documentos escritos, plantas e fotos; já no segundo caso, tem-se apenas os vestígios materiais: artefatos para caça, pesca, agricultura, enterramentos, vasos de cerâmica, fogueiras, pinturas rupestres, etc. É através desses vestígios que o arqueólogo estuda o comportamento humano.

A Arqueologia é, portanto, o estudo das sociedades passadas - em seus diversos aspectos - com base nos restos materiais por elas deixados, ou seja, ela estuda o homem a partir da sua cultura material.

A partir daí, é possível diferenciá-la tanto da História, pois esta volta-se para o estudo das sociedades através, basicamente, da documentação textual, quanto da Paleontologia, disciplina que estuda os dinossauros e outros animais e plantas extintos.

Como vimos acima, a Arqueologia não é um ramo auxiliar da História nem uma técnica, é uma ciência e possui procedimentos teórico-metodológicos próprios. A Arqueologia, portanto, é uma disciplina científica e, como tal, compreende uma série de etapas de pesquisa que devem ser cumpridas. A saber: a formulação de problemas (hipóteses, levantamentos e estudos de viabilidade); a implementação (licenças, logística); a obtenção de dados (levantamentos, escavação); o processamento dos dados (limpeza, conservação, catalogação, classificações); a análise dos dados (questões temporais e espaciais); a interpretação (aplicação da opção teórica); a publicação e, nos casos indicados, a restauração" (p.6).

O capítulo 2 trata das etapas da Arqueologia nos projetos de restauração, projetos de Arqueologia, relatórios de pesquisas, procedimentos burocráticos. 

"As ações de Arqueologia deverão ocorrer em três etapas sucessivas:

A Etapa I ocorre no período de elaboração dos projetos de arquitetura e, portanto, é anterior às obras civis advindas dele. Isto se justifica pelo fato de a Arqueologia produzir dados necessários à definição deste projeto(p.17).

A Etapa II pode ser executada durante, ou mesmo antes, da realização das obras civis previstas no projeto de restauração propriamente dito. É necessário, entretanto, que os cronogramas das diferentes atividades estejam coordenados para se transformarem em um único, objetivando o bom andamento dos trabalhos. Para tal, a Equipe de Restauração deverá definir o cronograma ideal a ser cumprido (p.18). 

A última Etapa, a de número III, acontece no final das obras civis e sua realização depende da decisão quanto à incorporação, ou não, dos vestígios evidenciados pela pesquisa arqueológica ao uso do bem. Esta incorporação se traduz, na maioria das vezes, na exposição de alguns dos vestígios evidenciados pelas pesquisas, que serão agenciados para se transformarem em um museu-sítio arqueológico" (p.18).

O livro traz a legislação com a qual os arqueólogos e demais interessados nos estudos do patrimônio arqueológico devem se inteirar para lidarem com a burocracia estatal na salvaguarda do bem cultural.



21 comentários:

  1. Uma obra de grande importância no que tange a restauração/conservação dos patrimônios materiais, nos causa um maior conhecimento e tratamento ao edificado. Foi muito feliz a parceria do IPHAN e o Monumenta na elaboração de manuais como esse que ajudam na questão técnica, mas também nos estudos referentes ao patrimônio/bem cultural.

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  2. Rosana Najjar-Manual de Arqueologia Histórica.
    Tem uma grande parcela de contribuição,no que tange as necessidades suprimidas pelo IPHAN,estabelecendo padrões para auxiliar na obtenção de dados de preservação,curadoria e possibilitar uma interdisciplinaridade neste campo de trabalho arqueológico.Este manual apresentado orienta os projetos do IPHAN,para que os arqueólogos possam se inteirar para lidar com os problemas burocráticos na salvaguarda dos bens culturais. JHON LENNON.

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  3. O manual foi feito para os profisionais em arqueologia como guia sobre as práticas de conservação/preservação sanvanguardando o bem cultual.

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  4. O Manual de Arqueologia Histórica editado pelo IPHAN,faz parte de um conjunto de manuais .
    Com objetivo de atender às exigências de orientação técnica na gestão dos projetos de restauração/conservação dos bens imóveis tombados.

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  5. o manula de arqueologia historica tem uma grande parcela de contribuiçao no que tange as necessidades suprimidas pelo IPHAN.Estabelecnedo procedimentos padroes ao IFHAN,para auxiliar na obtençao de dados de preservaçao,curadoria e possibilitar uma interdisciplinaridade no campo de trabalho arquelogico.Este manual apresentado acompanha os projetos do IPHAN para uma maior orientaçao na elaboraçao de projetos a serem realizados pelo IPHAN,como restauraçao de casas tombadas e na preservaçao de sitios arqueologicos,onde os profissionais de arqueologia se enteram para lidar com os problemas burrocraticos na salva guarda de bens culturais.jhon lennon

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  6. Como foi editado pelo IPHAN, os processos são bem técnicos em relação aos processos de restauração e conservação dos bens, é um trabalho interdisciplinar relaciona as fases da pesquisa arqueológica,é muito importante para os técnicos do IPHAN já que foi feito para auxiliá-los. procedimentos que podem servir como apoio para todos que queiram entender tais procedimentos.

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  7. O MANUAL DE ARQUEOLOGIA HISTÓRICA,TEM UMA GRANDE PARCELA DE CONTRIBUIÇÃO NO QUE TANGE AS NECESSIDADES SUPRIMIDAS PELO IPHAN.ESTABELECE PROCEDIMENTOS PADRÕES AO IPHAN PARA AUXILIAR NA OBTENÇÃO DE DADOS DE PRESERVAÇÃO,CURADORIA,E POSSIBILITAR UMA INTERDISCIPLINARIDADE NO CAMPO DE TRABALHO ARQUEOLOGICO.ESTE MANUAL APRESENTADO ACOMPANHA OS PROJETOS DO IPHAN,PARA UMA MAIOR ORIENTAÇÃO QUANDO INICIADOS,A EXEMPLO,A PRESERVAÇÃO DE SÍTIOS ARQUEOLOGICOS ,RESTAURAÇÃO DE CASAS TOMBADAS,NA QUAL A ARQUEOLOGIA SE APROPRIA DESSE MANUAL PARA LIDAR COM OS PROBLEMAS BUROCRATICOS NA SALVA GUARDA DOS BENS CULTURAIS.JHON LENNON

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  8. O livro vai tratar da importância que ele tem para os arqueologos e a arqueologia, sendo para esses um direcionador de como se deve proceder num projeto,restauração,tombamento pelos técnicos do Iphan, vai tratar também da identidade propria que tem a arquologia não devendo ser confundida com outras áreas da histórias.

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  9. Segundo NAJJAR,Rosana. o Manual de Arqueologia Histórica de início tinha o objetivo de atender as exigências de orientações técnicas na questão dos projetos de restauração e preservação dos bens imóveis tombados, sob o tutelar federal no que se refere a intervanção arqueológico. seguindo ordem padrão do IPHAN, mesmo com a interdisciplinaridade, a clareza estava contida na importância da preservação, acompanhando do início até o final da obra. Depois se estendeu para todos os envolvidos no processo de restauração e conservação de bens imóveis de proprietários das edificações até as institu~ições públicas e privadas envolvidas, direta ou indiretamente. No primeiro capitulo fala sobre a disciplina de arquiologia, os bem cultural, o IPHAN em projetos de restauração. No segundo capítulo das três etapas da arqueologia.

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  10. o manuall vem trazer de forma clara e sucinta a presentação de formas padrões, tratando a arqueologia como bem cultural desde as etapas da arqueologia dos projetos de restauração aos processo burocraticos

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  11. Najjar vem destacar as etapas teóricas e metodológicas que constitui a arqueologia na construção do estudo sobre o homem e sua cultura material.Destacando também como é feito todo esse processo minunciosamente.Ou seja,pontos importantes para novas descobertas e complementar nossa cultura material.

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  12. Através desse livro a autora Najjar vem mostrar que a arqueologia se distingue de outras áreas como a história como muitos pensam. A arqueologia é uma ciência que usa vários subsídios para seu trabalho e sua pesquisa que pode ir de uma casa antiga até uma caverna rupestre. O livro é um tipo de manual que pode ser entendido por pessoas de qualquer área , mostrando como o trabalho de um arqueólogo é feito dentro das normas do IPHAN, e que envolve profissionais gabaritados de várias áreas.

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  13. Com o livro de Rosana Najjar podemos entender mais sobre a restauração de objetos. Como se deve manusear estes, os materiais corretos para um bom trabalho e tudo isso a Najjar vai colocar em seu livro Manual De Arqueologia Histórica.

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  14. JACIRA
    Este livro é importante não só para os arquiologos como tambem para os museologospois,consiste em orientações tecnicas no processo de restauração econservação de bens tombados.

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  15. Rosana NaJjar vai mostar nesse manual, de forma minusiosa
    Todos os pramites que saõ efetuados nos estudos de uma restauração ou conservação.
    Ela vai relatar que podemos coletar informações tanto em textos hiostoricos, como também em restos mortais, plantas extintas.
    Ao elaborar esse manual Najjar, pretende orientar as gestoões civisas tecnicas dos projetos de restauração e conservação, para mostrar que a arqueologia estar comparecendo aos estudos que o IPHAN estabeleçe.
    Ela no decorrer da resenha vai que meio direcionar os percurros de que pretende atuar nessa area, com todas as burocracias.

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  16. Obra muito importante, pois se trata de conservação/preservação dos patrimônios materiais, contando com a participação do IPHAN onde busca o patrimônio/cultural.

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  17. Essa obra trata da preservação do Patrimônio Arqueológico Histórico, como os objetos devem ser manuseados e nos apresenta o estado de conservação que eles são encontrados.

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  18. Um dos fatos a serem relatados sobre o Manual de Arqueologia Histórica de Rosana Najjar é que ela cita muito que a arqueologia não é um ramo auxiliar da história e muito menos uma técnica, ela possui a sua própria metodologia, por isso pode ser considerada uma ciência.

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  19. esta obra vem a tratar da criação de um "manual" criado pelo iphan, com o objetivo de orientar as tecnicas de gestão dos projetos de restauração /conservação dos béns imóveis tombados e fala sobre as fases do processo de intervenção no bem e no que se refere a pesquisa arqueologica deste bem e a sua elaboração do projeto ate a sua conclusão.
    o livro serve como um 'modo de fazer" nos projeto de restauração de predios tombados.

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  20. A autora trata de preservação, cultura, documentos, sociedade, as diciplinas, e a intervenção na arquiologia ao pensar dela.

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  21. Assim como Funari ou Charles, Rosana enfatiza o manual sobre arquiologia histórica tanto como eles, ela também trabalha parte por parte da arquiologia, trazendo nos estudos sobre o patrimonio e a burocracia

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